Na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que coordenou o estudo clínico no Brasil da vacina de Oxford contra a covid-19, o 1º nas eleições internas até foi nomeado reitor, em maio. Mas, três meses depois, um episódio abriu uma crise: a reitoria soube pelo Diário Oficial que o procurador-chefe da instituição havia sido trocado, por decisão direta do governo federal.

Diante da recusa da vice-reitora Raiane Assumpção de empossar o servidor (o reitor está em licença médica), o novo procurador, Alessander Janucci, fez um termo de auto posse e passou a despachar em seu gabinete. A Unifesp entrou com representação no MPF contra a medida do MEC, pedindo a “defesa da ordem jurídica e do regime democrático”, já que a norma diz que o dirigente máximo da instituição é o responsável pela escolha do procurador. A situação continua indefinida. Pelo procurador passam processos importantes, como convênios, licitações e processos disciplinares contra servidores. Em nota, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) apontou “indevida intervenção” e pediu anulação do ato. O MEC não se manifestou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.