Nova York, 21 – A Tyson Foods disse na quinta-feira, 20, em evento para investidores na cidade de Nova York, que nos próximos cinco anos 98% do crescimento global do consumo de proteína ocorrerá fora dos Estados Unidos, sendo que 70% devem vir da Ásia. Executivos disseram ainda que a companhia tem visto margens de lucro maiores em produtos feitos com carne bovina em decorrência de maior demanda. A expectativa é de que essa tendência se mantenha já que a classe média global continua crescendo.

A peste suína africana, de acordo com a empresa, pode ajudar o setor de frango, carne bovina e carne suína da Tyson, Entretanto, pode encarecer os custos com insumos do setor de processados. O CEO Noel White afirmou que os preços de suínos devem continuar subindo este ano, embora os contratos futuros tenham recuado recentemente.

“O impacto verdadeiro será mais à frente, para embarques perto do fim deste ano”, afirmou ele no evento. Por enquanto, disse White, o gigante asiático vem utilizando os estoques de suínos congelados. Futuros da carne caíram 10% no último mês, mas ainda estão em alta de 35% desde o início do ano.

Quanto à carne sem origem animal, o chefe de Proteínas Alternativas da Tyson, Justin Whitmore, acredita que a companhia leva vantagem em relação a novos concorrentes, como a Beyond Meat e a Impossible Foods. “Marcas importam”, enfatizou, destacando que linhas produzidas pela Tyson são distribuídas em 95% dos varejistas de alimentos nos EUA.

Além disso, de acordo com a diretora de Marketing, Noelle O’Mara, as marcas da Tyson são 1,4 vezes mais conhecidas do que as dos concorrentes. Fonte: Dow Jones Newswires