O agronegócio é um setor estratégico para a economia brasileira e responde por um terço do Produto Interno Bruto (PIB), a soma das riquezas produzidas no País. Mas as imensas lavouras, as fazendas de gado, as granja de suínos e aves, e as milhares de propriedades que se dedicam à agropecuária familiar não são uma ilha. Sempre que o cenário macroeconômico se turva, como tem ocorrido nos últimos anos, cedo ou tarde o impacto chega ao campo, através da desaceleração do consumo de alimentos nas cidades. Nesses momentos, a recuperação fica atrelada ao fortalecimento geral da economia e também à capacidade do setor de impulsionar as exportações de seus produtos. Em 2014, o PIB do agronegócio foi de R$ 1,23 trilhão, valor 1,6% acima de 2013. Para 2015, as projeções do PIB, que sofreu ao longo do ano seguidas reavaliações do Ministério do Planejamento, mostram que a retração da economia pode chegar a 3%. Consultores privados e bancos apostam num número pior, acima de 4%. Apesar desse cenário sombrio, o campo mais uma vez demonstra sua força. Em 2015, o desempenho esperado para o setor deve repetir os mesmos R$ 1,23 trilhão de 2014, um ano de muita luta para manter os negócios em alta, levando as empresas e propriedades rurais a gerar ainda mais valor. Assim, forma-se o círculo virtuoso do agronegócio, iniciado na década de 1970 com a decisão do País de investir em um modelo tropical de produção, e que não tem data para terminar.

O agronegócio brasileiro seguirá como uma fortaleza econômica porque a sua vocação é permanecer como um ator de primeira linha para os seus cidadãos e também para o comércio mundial, gerando segurança alimentar ao planeta. É disso que trata o prêmio AS MELHORES DA DINHEIRO RURAL, criado em 2013 pela Editora Três para valorizar e prestigiar as empresas do agronegócio e os empreendedores do campo. O ranking pretende ser uma referência para os líderes do setor, empreendedores, executivos, banqueiros, representantes de entidades setoriais e ONGs, formuladores de políticas públicas e todos os profissionais ligados ao mundo agro, ao mostrar as melhores práticas de gestão nas cadeias produtivas do setor.

Para selecionar as companhias e as cooperativas que mais se destacaram em suas áreas de atividade, a DINHEIRO RURAL criou uma metodologia em conjunto com os renomados consultores Miguel Ângelo Arab e José Luiz Tejon Megido, tendo como parceiros o Instituto Universal de Marketing e Agribusiness (I-Uma) e o Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS). Através das regras estabelecidas por essa metodologia, foram avaliadas a gestão de mais de 500 empresas do setor. A Boa Vista SCPC e a Economática forneceram os dados financeiros. Para o prêmio, as análises se basearam em seis aspectos de gestão: financeira, recursos humanos, qualidade, governança corporativa, responsabilidade socioambiental e atuação na cadeia produtiva do agronegócio. As companhias com o melhor desempenho foram separadas em quatro grandes grupos: Agronegócio Direto, Agronegócio Indireto, Cooperativas e Gestão de Cadeia Produtiva. Em Agronegócio Direto, para que fossem comparadas empresas de mesmo porte, as companhias foram divididas conforme o tamanho: Conglomerados (com receitas a partir de R$ 5 bilhões), Grandes Empresas (de R$ 500 milhões a R$ 5 bilhões), Médias Empresas (de R$ 100 milhões a R$ 500 milhões) e Pequenas Empresas (até R$ 100 milhões).  A novidade neste ano foi a divisão das empresas de Agronegócio Indireto em Conglomerados e Grandes Empresas. As campeãs foram, respectivamente, BRF, M.Dias Branco, Phibro Saúde Animal, Champion, Ambev e Klabin. Entre as Cooperativas, a vencedora do ano foi a Coamo, de Campo Mourão (PR). A cooperativa Aurora Alimentos, Chapecó (SC) foi a vencedora em Gestão de Cadeia Produtiva. Para concorrerem aos prêmios, as empresas e as cooperativas se inscreveram voluntariamente, por meio do preenchimento de um formulário online, disponível no site da revista (confira a metodologia na pág. 106). A grande campeã do anuário 2015 é a cooperativa Coamo, eleita a Empresa do Ano. Confira as reportagens sobre cada uma delas nas próximas páginas.

Para complementar o anuário, a DINHEIRO RURAL identificou as campeãs em 11 setores do agronegócio, baseada na avaliação exclusiva de seus balanços financeiros. A partir da página 136, estão as vencedoras em Bebidas (Ambev), Café (Três Corações), Grãos (Josapar), Óleos Vegetais (Bunge), Nutrição Animal (Phibro), Máquinas e Implementos (Grupo Jacto), Fertilizantes e Agroquímicos (Ihara), Laticínios (Gonçalves Salles), Moinhos, Massas e Pães (Anaconda), Papel, Celulose e Reflorestamento (Klabin), e Açúcar e Biocombustíveis (Vale do Verdão). Por fim, também foram selecionadas as empresas e produtores rurais que fizeram a diferença na pecuária brasileira em 2015. Conheça OS DESTAQUES DA PECUÁRIA a partir da página 84. Boa leitura!