São Paulo, 21 – A perspectiva de produção de café na Colômbia, segundo maior produtor de arábica atrás apenas de Brasil, na safra 2017/18 (outubro a setembro), diminuiu por causa das fortes chuvas, que prejudicaram os cafezais. A safra colombiana de café deve cair 3,4%, para 14,2 milhões de sacas de 60 kg, em comparação com a estimativa anterior de 14,7 milhões de sacas, conforme relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Segundo o órgão norte-americano, a produção de café na Colômbia deve aumentar para 14,5 milhões de sacas em 2018/19, em virtude das melhores condições climáticas projetadas e mais plantas atingindo seu pico produtivo.

O USDA informa, ainda que a recuperação da produção colombiana nos últimos anos foi resultado direto do sucesso do programa de replantio, que reduziu a idade média dos cafeeiros de 15 para 7 anos e aumentou a produtividade e a densidade das plantas.

A Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia (Fedecafe) e o governo colombiano planejam aumentar o número de hectares renovados anualmente para pelo menos 90 mil hectares, atingindo a meta de produção de 18 milhões de sacas em um futuro próximo. De acordo com o USDA, entretanto, em 2017 somente 72 mil hectares foram renovados.

No ano agrícola 2017/18, as estimativas de exportação de café pela Colômbia devem atingir 13,3 milhões de sacas, após a queda na produção. As exportações estão previstas para aumentar marginalmente para 13,5 milhões de sacas em 2018/19, projeta o USDA. Os Estados Unidos são o principal destino do café colombiano, em termos de valor (44%), seguidos pela União Europeia (25%), Japão (10%) e Canadá (7%).