Apesar da variação negativa de janeiro para fevereiro (-1,52%) no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o preço do arroz segue alto. O valor do produto teve alta de quase 70% nos últimos 12 meses.

Entre os principais motivos para essa mudança de preço estão: o aumento do consumo em casa por conta do isolamento social, a alta do dólar e o aumento nos custos nas lavouras, puxados principalmente pelos fertilizantes.

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De acordo com analistas escutados pelo pelo G1, ainda vai demorar para os consumidores voltarem a pagar o mesmo de antes da pandemia.

O pesquisador do Cepea/Esalq/USP Lucilio Alves explica também que muitas pessoas compraram um volume maior do que o necessário no começo da pandemia, o que também mexeu no preço. 

Como o crescimento do consumo não foi apenas interno, houve um temor de que a safra não seria suficiente para a demanda em 2020. No entanto, a última safra de grãos no Brasil foi recorde, atingindo 257,8 milhões de toneladas, sendo 11,2 milhões t apenas de arroz.

Para o assessor técnico do CNA, Fábio Carneiro, ainda no primeiro semestre de 2021 os preços continuarão caindo em um reflexo do que já acontece no campo. Em média, o arroz já está R$ 30 mais barato do que no segundo semestre de 2020.