São Paulo, 10 – As unidades produtoras de etanol do Centro-Sul comercializaram 2,34 bilhões de litros em maio, o que representa uma retração de 7,13% em comparação com igual mês de 2021. No mercado interno, o volume de etanol hidratado comercializado foi de 1,39 bilhão de litros, com uma queda de 9,18%. As vendas domésticas de etanol anidro, por sua vez, totalizaram 847,67 milhões de litros no mês, o que representa um aumento de 0,01% em relação às vendas de maio de 2021. Os dados são da União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica), em levantamento quinzenal divulgado nesta sexta-feira, 10.

No acumulado dos dois primeiros meses da safra 2022/23 (abril e maio), foram comercializados 2,78 bilhões de litros de hidratado no mercado doméstico (-7,22% ante igual período da safra anterior 2021/22) e 1,58 bilhão de litros de etanol anidro (+7,10%).

+ Etanol/EUA: exportação em abril cresce 48% ante março, para 701 milhões de litros

O diretor Técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, disse no relatório que “o etanol contribui para o balanço de oferta e demanda dos combustíveis líquidos, uma vez que oferece ao consumidor uma alternativa à gasolina A, seja diretamente por meio do etanol hidratado ou por meio da mistura do etanol anidro. No mês de maio, os produtores venderam às distribuidoras um total de 2,12 bilhões de litros de biocombustível.

A ausência dessa alternativa significaria a necessidade de importação adicional de 1,74 bilhão de litros de gasolina A, apenas para compensar o volume no Centro-Sul”.

CBios

A Unica citou dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), do mês de maio, os quais mostram que os produtores de etanol emitiram um total de 2,63 milhões de CBios. Esse volume de emissão representa o maior valor registrado nos últimos 20 meses. Segundo a Unica, o resultado se deve à maior venda de etanol por parte dos produtores, especialmente na segunda quinzena de maio.

O diretor da Unica comentou que “com apenas dois meses desde o início da safra 2022/2023, o volume de CBios em mãos das distribuidoras já corresponde a mais da metade da meta anual de descarbonização”. “Não há dúvida de que, mais uma vez, os produtores de biocombustíveis deverão garantir oferta suficiente de créditos para que o compromisso com as metas e uma matriz de transporte mais limpa seja possível.”