Uma vespa parasita com apenas 1 mm (milímetro) de comprimento (Anagyrus lopezi) ajudou a resolver o impacto financeiro no mercado global de amido.

De acordo com a BBC, assim como já tinha acontecido na África décadas anteriores, a chegada da mandioca no Sudeste da Asiático revolucionou o mercado, com pequenos produtores cultivando o tubérculo e vendendo o amido principalmente para fabricantes que usam o produto em plásticos e colas.

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A mandioca foi importada pela primeira vez da América do Sul e logo ganhou vários países do continente. Só que em 2008, um inseto chamado cochonilha também chegou à região e devastou as lavouras.

Agricultores tentavam alternativas para se livrarem da praga, mas todos eram em vão. O inseto já tinha reduzido a produção agrícola do tubérculo em quase 80% e o resultado foi que os produtos alternativos ao amido, como milho e batata, aumentaram de preço.

Na Tailândia – o maior exportador mundial do produto – o valor da fécula de mandioca chegou triplicou.

A alternativa foi buscar um predador natural para tentar conter a propagação da praga. Em 2009, a vespa foi colocada no cultivo de mandioca na Tailândia e começou a agir sobre as cochonilhas. Outros países adotaram a medida e conseguiram salvar suas lavouras.

A estimativa, de acordo com a entrevista à BBC de Kris Wyckhuys, especialista em controles biológicos do Instituto de Proteção de Plantas da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas em Pequim, é que o benefício econômico para os agricultores em 26 países da Ásia-Pacífico pode chegar a US$ 19,5 bilhões por ano.